quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Alfredo...

“As Vidas”

Está partindo dessa vida
o homem que eu mais Amo
nessa vida.
Com ele fiz uma Vida
temos uma Cria

“CriAção”

(Criança +Ação +Coração = Vida)

“É a Vida! É a vida”

“Quem parte leva saudades
de quem fica chorando de dor”

Creio na partida
nas saudades
na dor de quem fica
e na certeza de quem parte

É a vida! É a vida!

A morte é uma desculpa
que a vida arranjou
para quem fica
Não morrer
de Saudades e de Amor
por quem foi

É a vida! É a vida!

e a Vida Continua...
pra quem partiu!?
e pra quem ficou?!

É a vida! É a vida!

“Por isso eu não quero lembrar
quando partir meu grande Amor”

“Alfredo”

sábado, 4 de outubro de 2008

“Para Sempre Amor”

O Amor morre assim

Desaparecido
em uma ligação insistente
no celular que a gente não atende
para matar a voz o corpo o outro
dentro da gente

O Amor morre assim

Esquecido
em um leito solitário
em uma casa abandonada
em uma sala vazia

O Amor morre assim

Apressado
em uma viagem desesperada
a qualquer parte do mundo
onde o outro não existe

O Amor morre assim

Angustiado
em um copo sem água
uma escova de dente velha
em uma hora que não passa

O Amor morre assim


Perplexo
em uma promessa não cumprida
feita por duas Almas perdidas
em meio a um mundo injusto

O Amor morre assim

Impotente
em uma mentira corajosa
que faz com que as Almas
se aquietem com a voz do homem

que sempre mente um Fim...

O Amor morrer assim.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Pena de Garça

“Aos Mundos”

Eu não vou brigar com o mundo, nem com deus, nem com você e nem com ninguém. Não vale a pena brigar no mundo, depois de muitos anos sofrendo, perdendo, terminando, buscando, caindo, subindo, penando, dançando, afugentando, tremendo, pedindo, implorando, cedendo, aceitando, esquecendo, perdoando, amando, sentindo, vi que não vale a pena seguir assim tão sem pena de mim, e esqueci das penas do outro, e comecei a olhar para mim, para as minhas penas...
E vi que tenho penas de garça, vôo de garça, saudades de garça, que é saudade nenhuma, porque as garças, voam, sobrevoam, dançam no vento, tiram rasantes, não entendem, simplesmente voam longe, perto, dentro, adentro, fora, no vento.
Assim sigo eu agora garçeando pelo mundo afora...
Garçeio tanto, tanto, que procuro no infinito do horizonte sempre uma palavra boa, positiva e pra cima, porque é assim que quero garçear pelo mundo, pra cima, em cima, voando, tirando rasante, assentando leve e frouxa como uma garça assenta, leve e frouxa, e com pernas tão finas que até parecem as minhas.
E o homem vive de palavra. Come palavra. Vomita palavra. Esquece palavra. Perdoa palavra. Aceita palavra. Organiza palavra. Aumenta palavra. Discorre palavra. Saboreia palavra. Inventa palavra. Desperdiça palavra. Fala palavra. Pensa palavra. Escreve palavra. Acredita palavra. Conta palavra.
Agora garçeio. E palavreio. Palavreio e garçeio.
Choro, imploro, arrebento, confisco, explodo, grito, esperneio, vagueio, arreio meu cavalo baio e saio dando pinotes no Ar. No traseiro de quem veio de quem vejo de quem quero de quem assumo como meu cavalo baio, e esporeio, duro forte, contundente indecentemente como a vida é indecentemente bela.
A minha a sua a de todos e muito mais a minha que aprendeu a não mais brigar com o mundo de nenhum mundo, nem meu, nem seu, nem de ninguém.
ETA vida boa sô;
e eu que tava pensando em voar daqui do nono andar dessa selva de pedra por causa de uma briga, ... aí palavriei montei no meu cavalo baio e minhas asas garçaram bateram asas e voaram pra dentro por dentro em dentro in dentro do mundo, meu, seu, de todos e tantos mundos, universos inteiros, vidas que agradeço estar viva a vida aqui e agora dentro do meu peito.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Preciso respirar mais fundo e garçar e palavrear mais por esse mundo de meu Deus que não se cabe dentro do peito.
Sofia, Stella, Alfredo, Francisco José, Pablo, Mauro, Sandra, Anangélica, Vivian, Dani, Elma, mamãe, papai, Geninha, Rosinha, Teresas, Zezé, Juliana, Victor, Helena, tia Jane, Martha, minha madrinha, boneca de pano, Ivan, soldadinho de chumbo, Eunice, Augusta, Glória, Dilma, Rapunzel, Natanael, Jesus, Mohamed
ETA mundos sem
FIM
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sexta-feira, 4 de julho de 2008

O Senhor dos Onze Pantanais

“O Senhor dos onze Pantanais”

Ele sobrevoava todos os pantanais. Era dito por todos que o Pantanal: são onze Pantanais.
Esse homem estava lá, eu vi... e todos “dizem” que viram.
Não há um ser que passe por aquelas beiradas, e não veja, aquela casa, de frente aquele rio imenso; que vem e que vai, Bolívia Paraguai Brasil Argentina; que navegue ou ande em terras por aquelas redondezas, onde essa casa imensa construída de pedra por um apaixonado pela sua mulher, dando a ela de presente: Uma casa de frente ao sol nascente onde todos os peixes moram, todas as aves voam e todas as barcas descem e sobem aquele rio, de frente a casa, construída por ele, o homem que sobrevoa todos os pantanais. Dito por todos, que o pantanal: são onze Pantanais.
Por amor, ele sobrevoava as beiradas do rio Paraguai, da Bolívia até a Argentina. Não há mulher nenhuma que esqueça o seu cheiro, o seu vento, a sua solidão deixada nas entranhas de todas as raparigas, varando os séculos; onde uma mulher, a primeira, foi homenageada com uma casa de pedra de frente ao imenso Rio Paraguai, em uma época onde nenhum homem poderia ter construído (não naquele local, não daquela forma) tal casa, em mármore, em pedra, e tudo por amor, só por amor. E desde então todas as casas construídas nessa imensidão de alagado corixo vazante rio baia areia de verde e azul dos onze Pantanais, são construídas por amor, para a amada, como uma prova de cuidado respeito e eterno amor por ela e pelos onze Pantanais. Dizem: que, por isso, o Pantanal está lá até hoje e ainda vivo. E que todos os forasteiros que ali chegam, e chegarão, saibam disso.
As mulheres, todas elas, ainda esperam a sua volta. Em cada casa construída nas beiradas, mora dentro dela um sonho, o seu sonho, a sua vontade de perpetuar no coração dos que amam além da própria vida, sem que lhes reste, mesmo que queiram, a morte; o amor não pode sobreviver de morte, só reconhece a vida. E assim foi e serão todas as casas ribeirinhas ás margens do Rio Paraguai, ou mesmo aquelas que adentrem sem rio e sem margem, onde vivem as vazantes, as baías, as baixadas e os corixos.
Dentre as casas, fez-se conhecida por todos que habitam os onze Pantanais, uma delas, e vive ela na beirada do rio que contempla amante e sereno, repleto de peixes, aves, e infinidades de sóis poentes e sóis nascentes, o Brasil. Ali morou esse homem que se espalhou, e se espalha há muito e por muitos e muitos anos, atravessando séculos.
Ele é calado, sorriso frouxo, um apaixonado pelos Pantanais. Nasceu ali, quando um barco descia o rio. Morava no barco. Quando o sol redondo e vermelho se despedia no horizonte, foi que D. Vitalina rompeu com um grito agudo a tarde que morria bela. Um grito de amor pela vida que vinha encher de alegria a noite que trazia do outro lado, de onde o sol se ia, a lua cheia e vermelha sorrindo para o acontecido em uma barco, para a vida desse homem, que com o tempo se tornou a Senhor dos onze Pantanais.
D. Vitalina, mãe do seu primeiro filho, sabia que ali nascia um homem que teria a duração de todos os Pantanais. A lua também sabia, tanto sabia que antecipou a vinda do menino para que Vitalina, a mãe, visse a beleza desse casamento entre sol e lua, o que poucas ou raras vezes acontece. O menino também viu ou, se não viu, registrou de tanto que a mãe contou. Tinha ele essa cara de lua e esse sorriso de sol, iluminando, brilhando, varando noite e dia, sempre em festa. E só amor trazia.
Todas as mulheres desejaram o Senhor dos onze Pantanais. Era sabido que ele desceria ou subiria o rio, ou adentrasse Nhecolândia, Paiáguas, Nabileque, Piquiri, Rio Negro, Tabaco, Aquidauana, Barão de Melgaço, Poconé, Cáceres e Miranda, para que todas elas, se mostrassem radiantes, na noite em que ele passasse, ou mesmo no dia que ele chegasse. Elas, todas elas, esperavam, perfumadas e belas, pelo Senhor dos onze Pantanais. Maridos, pais, irmãos, tios, cunhados, avôs, todos sabiam e viam o alvoroço de alegria tomar conta de suas mulheres, suas filhas e suas mães. Quando era sabido: o Senhor dos Pantanais sobrevoava por ali.
Ninguém nunca viu o Senhor dos Pantanais. Conta-se que apenas três mulheres o viram, e suspiraram dali pelo diante a vida inteira. E se perguntarem a elas, elas não dizem nada, suspiram! Três idades diferentes: uma velha, uma jovem e outra, menina.
As jovens, na proximidade dele, lavam seus cabelos com flores do campo, vão em busca de raras espécies de temperos e temperam suas comidas para os maridos, transformando esses dias, que podem durar no máximo três meses, em uma grande e imponente orgia. As velhas se enfeitam tanto, e saem de seus cansaços, e acabam sempre flechando um coração de homem jovem, tal é a sapiência delas trazida pelos anos. As meninas cavalgam pelos campos, salientando o gado, fazendo procriar a boiada. E logo arriscam um primeiro noivado.
Os filhos são feitos nessa época, até pelas mais velhas. Dizem: por isso, o Pantanal, ainda resiste, e existe e sustenta a mais bela coleção de aves, a mais populosa vida de peixes, o pôr e nascer do sol mais esfuziante e vermelho. E de todas as terras brasileiras, moram nos onze pantanais os bichos mais suaves, mais bonitos - podem ser vistos e apreciados correndo pelos campos, vazantes, capões e baixadas, onde a mata cresce em todos os onze Pantanais, aberta, generosa, como um mar verde infinito despontando invadindo se encontrando céu e verde, azul e mato: para a felicidade de todos os nossos olhos.
Os homens respeitam tanto esse Senhor (muito embora nenhum deles nunca o tenha visto com seus próprios olhos)que na proximidade dele, quando suas mulheres filhas ou avós se enfeitam e sorriem o dia inteiro, fazendo as guloseimas mais apetitosas, colocando seus vestidos mais belos, eles, os homens, se fartam de amor, são cuidados e amados como em nenhuma outra época do ano, aumentando assim o seu amor e seu respeito por todas elas.
Desde os tempos que ninguém sabe ou conta, conta-se que foram erguidas duas casas de pedra defronte ao Rio Paraguai, tanto no Norte como no Sul (que antes não era dividido). Já previa o Senhor, que o homem haveria um dia de faze-lo, dividir os pantanais. Era sabido por ele o que o homem é e não é capaz de fazê-lo.
Hoje, o Senhor dos Pantanais, homem elegante e belo, anda amedrontando feras, homens feras, que destroem, que vêm de longe sedentos por destruir e matar. Uma casa já foi destruída, destelhada, reduzida por homens que pouco se interessam pela história dos onze Pantanais. Para quem quer vê-la no seu final, ela está lá, em ruínas. Tanto que fizeram esses forasteiros com a natureza do lugar, que ela, a natureza, raivosa: comeu a terra, vomitou fogo, fez pesar o ar, mostrando o que pode ser feito por ela, a natureza - essa que nos deu de presente a terra, e mais, dentro dela: a maravilha dos onze Pantanais.
Ele avisou e avisa a todos que chegam nesse paraíso, no seu paraíso, que os onze Pantanais não podem e não devem resistir à ignorância dos homens. E que um homem ignorante é um homem destituído de terra. Não faz parte dessa natureza, vem de outro mundo, mas não da terra.
O Senhor dos Pantanais está lá, na ponta de uma barranca bem na frente dessa casa em ruínas, onde o sol ainda nasce vermelho e belo todos os dias: quem pode ver além... o verá. Na sua elegância e charme, com o seu chapéu na mão, acenando sorridente a todos que por ali passam.
E, espera ele, que todos cuidem e respeitem os onze Pantanais, como devem respeitar e amar as suas mulheres e a terra.
Eu o vi e o conheci. Sou uma das três mulheres que suspiram!
A menina.
Portanto: o que me resta é só escrever. E suspirar.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Diário do Poema (Diário de Guria I)

O poema deve vir

das palavras que não falam

quarta-feira, 5 de março de 2008

"Quando as Almas Falam" do livro Diário de Guria III

"Quando as Almas Falam"

Mandei as lágrimas para o teto da casa, as amarras para o quintal dormirem debaixo das árvores e acomodei o meu peito no peito de um outro homem e deixei que a vida me levasse para onde quer que ela seja creia e vá até o fim comigo e o homem o qual acomodo meu peito e deito minha Alma.
Assim são agora as flores de minha casa espalhadas pelos cantos recantos e janelas subindo paredes explorando chãos um punhado delas se espalharam pela minha casa amarelas vermelhas cor de rosas espadas de são Jorge samambaias choronas orquídeas em prata branco e sois adentrando meus instrumentos.
A música aqui permanece para sempre.
Mandei as lágrimas para o teto da casa.
Lá elas choram pelas canaletas dos tetos de todas as casas se diluem com a chuva espalhando água só água já não mais lágrimas ou minha ou sua ou de quem quer que seja, não mais lágrimas mas água muita água salgada que agrega a doce formando remansos e mansos aconchegos do sol do calor da poeira e de todas as dores, a água leva e traz o que o mundo e a vida não souberam trazer e levar a água leva e traz.
São essas pequeninas coisas que fazem sentido para mim, água, orquídea, sol, remanso, chuva, flor e alma...
Ando agora apenas falando de Alma para Alma, acabou a idade o tempo as diferenças qualquer que elas sejam de língua cor raça ou fronteira globalizei sou parte do todo da terra sou universal.
As diferenças foram aceitas de vez e as fronteiras banidas do planeta e agora a liberdade inaugura uma nova fase uma nova era um novo homem aquele que não mais chora apenas adquire conhecimento liberdade desejo amor saudade e muita muita vontade de ir além muito mais além no tempo do tempo que o tempo tem...
Ser imortal é a lei universal de todos os planetas
Dizem que a era é a era da solidão armada em um palco cheio de purpurina onde habitam duendes que escapolem no ar chamando pelos outros para que todos somemos para o bem e crédulos de nossa liberdade efêmera e nos transformamos neles os duendes uma espécie que acredita que todos somos feitos da mesma natureza que foi feita o planeta, e seguimos trazendo para nós os sentidos mais apurados e universais da terra, as horas mais significativas do dia, o acúmulo mais necessário que fora feito bilhões e bilhões de anos, já não somos mais tão novos por aqui o quanto pensávamos, somos antigos, ultrapassados e repassados inúmeras e inúmeras vezes diria que somos como a natureza e que sempre estivemos por aqui sempre.
E que precisamos deixar de ter medo da vida para que sigamos sempre em frente lúcidos e sapientes de que somos muito mais do que somos inteligentes progressivos e programados para o bem de um universo inteiro esse que tanto nos assusta e nos limita e que propaga dentro de nós pela sua grandeza imensidão e infinitude o medo da morte essa que sabemos; não existe.
Somos eternos em tudo que habita entre dentro no meio em baixo e acima de todo esse universo no qual a terra ocupa uma ínfima e pequenina parte onde agora estamos nós diante e sempre em frente do todo infinito do universo.
O homem ainda tem medo da vida e não da morte.
Assim: deus está para a vida, como a morte está para o homem: um segredo apenas; que guarda a nossa natureza.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"Alma e Amor" do livro "O Amor e as Almas"

“ALMA E AMOR”


As Almas se encontram quando os corpos se abraçam em um momento mágico onde tudo estanca pára e os homens se misturam com o tempo com a noite com o vento e nada nada funciona dentro da gente, da forma que a gente pensa, até o pensamento pára, para tomar lugar outro tempo, outras vidas; a gente vira seqüência.
As Almas entrelaçam vidas mundos de tempos outros que a memória registra e não conta pra gente e somando momentos vidas tempos mundos elas nos levam para outra parte da vida onde o nosso mundo a nossa hora o nosso tempo não faz nenhum sentido; esse é o alimento de nossas vidas.
As Almas trazem com elas a felicidade e a calma que não encontramos nesse nosso mundo, elas nos presenteiam com a quietude, o silêncio, a boa hora conquistada no tempo, a saúde a alegria a vontade de começar tudo como se só existisse sempre a primeira vez.
As Almas conquistam lugares nunca explorados, ensinam que os encontros são para sempre, conhecem a eternidade do tempo e permitem que nossos corpos abandonem suas ataduras e se entreguem ao tempo presente, coisa que a mente não permite a gente.
Amor e Alma trilham o mesmo caminho, um está no outro, com o outro, sobre o outro, pelo outro, atrás do outro, Alma e Amor são partes do mesmo tempo da mesma vida da mesma hora, andam juntas; nasceram juntas tentando dar ao homem uma existência melhor e mais digna, pena que o homem pisa com o seu sapato sujo o tempo todo nas duas:
Na Alma e no Amor
E ficamos assim, vamos assim, resignados dentro de nossa imensa dor.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Diário de Guria III "O Medo"

“O Medo”

Bloqueia a Vida
Assassina os Desejos
Te Ata ao seu próprio Umbigo
E disfarçado de Orgulho e Baixa Estima
Te Azucrina
Te deixa pequena
Menina
Perdida
Na sua própria Sina

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Diário de Guria II (Vozes da Alma)

A Arte
Criar
é ouvir as vozes
da alma
que fala por metáforas
ao inconsciente
já que a linguagem
é para a mente


Jeito que a Alma
deu
para estar no mundo
para não causar
danos
para tudo que na Alma
tem

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Diário de Guria (1)

De onde vem o poema?
da palavra contida
sufocada
no desejo mais ardente
na vontade mais viciada
da quietude do silêncio
das palavras em suspenso
das que pairam no ar
com textura
de liberdade aprisionada
essa que contém os
desejos
ardentes viciados
como se a vida não fosse
a realidade
mas o poema



terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Diário de Guria

As Palavras
Nascem
de um Casamento
com a Noite
estão sempre
A C O R D A D A S